Plano Brasileiro de Inteligência Artificial: Méritos, Limitações e o Risco de Repetir Erros Passados

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial: Uma Ambição Necessária ou Um Novo Fracasso Anunciado?

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028 foi lançado como uma resposta do governo brasileiro ao crescente impacto da IA na ciência, indústria e sociedade. Com um investimento previsto de R$ 23 bilhões até 2028, o plano visa posicionar o Brasil como um líder global na área. Contudo, a ambição desse plano esbarra em uma série de desafios e limitações que podem comprometer seus objetivos.

Méritos do PBIA

Entre os méritos do PBIA, destaca-se o reconhecimento da inteligência artificial como uma área essencial para o desenvolvimento do país. O plano busca promover a IA em diversos setores, incluindo saúde, agricultura, meio ambiente e educação. Além disso, o slogan “IA para o bem de todos” reflete um compromisso com o uso ético e responsável da tecnologia, evitando narrativas negativas associadas aos riscos da IA.

Comparações de Investimento com Outras Nações

Embora o investimento de R$ 23 bilhões seja significativo no contexto brasileiro, ele é modesto quando comparado com os gastos de outras nações. Por exemplo, a China investirá R$ 306 bilhões em data centers apenas em 2024, enquanto os EUA destinaram R$ 63 bilhões para Pesquisa & Desenvolvimento em IA de 2021 a 2024. Até mesmo a União Europeia, que serve como base de comparação para o governo brasileiro, mobiliza investimentos muito superiores ao longo do tempo.

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Limitações e Desafios do PBIA

O PBIA enfrenta críticas pela falta de uma estratégia clara e pela dispersão dos recursos em diversas iniciativas menores, que podem não gerar o impacto desejado. A criação de um Large Language Model (LLM) nacional em português e a aquisição de um supercomputador estão entre as metas mais ambiciosas, mas a realidade do financiamento de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil levanta dúvidas sobre a viabilidade desses projetos.

Impacto Potencial nas Áreas Estratégicas

Apesar das limitações, o PBIA pode ter um impacto significativo em áreas estratégicas do Brasil. A inovação empresarial, que receberá quase 60% dos recursos, é um dos eixos mais promissores, com foco no desenvolvimento de soluções de IA para desafios da indústria brasileira. Além disso, a proposta de criação de data centers alimentados por fontes de energia renováveis, priorizando as regiões Norte e Nordeste, é uma decisão que pode posicionar o Brasil como líder em sustentabilidade energética na era da IA.

Conclusão

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial é um avanço necessário para o Brasil, mas seu sucesso dependerá da capacidade de superar desafios históricos no modelo de Pesquisa & Desenvolvimento do país. Sem uma estratégia robusta e recursos adequados, o risco de repetir erros passados é alto. Entretanto, se bem executado, o PBIA tem o potencial de transformar o Brasil em um protagonista global na era da inteligência artificial.

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Alguns teóricos sugerem que o lançamento do PBIA pode ser uma forma de desviar a atenção dos verdadeiros problemas estruturais do Brasil, como a falta de investimento em educação e infraestrutura. Segundo essa teoria, enquanto o governo foca em projetos grandiosos e de alto impacto midiático, as questões fundamentais que impedem o desenvolvimento do país continuam sendo negligenciadas. Essa estratégia poderia ser uma maneira de garantir apoio político, sem necessariamente promover mudanças substanciais no panorama nacional.

• O plano de IA do Brasil promete muito, mas quem vai programar o supercomputador? O estagiário de sempre!
• Investir em IA é ótimo, mas só se o Wi-Fi do laboratório não cair!
• Se o Brasil criar um supercomputador, será que ele vai funcionar no modo soneca depois do almoço?

Como o Brasil pode aprender com as estratégias de IA de outros países para evitar os erros do passado e garantir o sucesso do PBIA?